Polícia Federal prende ex-funcionário suspeito de desviar mais de R$ 10 milhões de sistema de devolução de armas
21/12/2023
Polícia apreendeu armas de fogo, munições e mídias de armazenamento na operação deflagrada nesta quinta-feira (21), em São José do Rio Preto (SP). Polícia Federal prende ex-funcionário suspeito de desviar dinheiro em Rio Preto (SP)
Polícia Federal/Divulgação
Um ex-funcionário do setor de tecnologia da Polícia Federal de São José do Rio Preto (SP) foi preso preventivamente, nesta quinta-feira (21), durante uma operação que investiga o desvio de mais de R$ 10 milhões do sistema Desarma do Ministério da Justiça.
A entrega das armas no Desarma é realizada nas unidades da Polícia Federal. Com a entrega, o cidadão é indenizado pelo Governo Federal em valores que variam de R$ 150 a R$ 450, a depender do tipo da arma.
Armas e munições foram apreendidas na casa do investigado em Rio Preto (SP)
Polícia Federal/Divulgação
Na operação, que investiga fraudes ocorridas no programa de entrega voluntária de arma de fogo, munições e acessórios do Governo Federal, foram cumpridos um mandado de prisão e outros dois de busca e apreensão, que localizaram três armas de fogo, computadores e mídias de armazenamento.
Durante a investigação, a Polícia Federal constatou que o ex-funcionário possuía uma senha de acesso ao sistema e a usava para fazer a inscrição de armas fictícias. Em cada devolução, ele recebia o voucher que variava de R$ 150 a R$ 300.
A Polícia Federal apurou que, entre janeiro de 2018 a março de 2023, o investigado fez a inclusão fraudulenta de aproximadamente 27 mil armas fictícias no Sistema Desarma, com prejuízo estimado em mais de 10 milhões de reais aos cofres públicos.
Polícia Federal cumpriu mandados de prisão preventiva e apreensão em Rio Preto (SP)
Polícia Federal/Divulgação
Além da prisão preventiva e das buscas e apreensões, a Justiça Federal determinou a indisponibilidade de todos os bens do investigado, dentre eles contas bancárias, três imóveis e um veículo.
Ele responderá pelo crime de estelionato majorado, cuja pena prevista de prisão é de um a cinco anos, aumentada em um terço por ter sido praticado contra o Estado.
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