Advogada suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele chegou a fazer chá revelação de gravidez que não existiu, diz delegado
21/12/2023
Segundo a polícia, vítimas foram envenenadas. Crime teria acontecido por Amanda Partata não aceitar o fim do namoro. Chá revelação feita por advogada suspeita de matar ex-sogro e a mãe dele envenenados
Reprodução/TV Anhanguera
A advogada Amanda Partata, presa suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados, chegou a fazer um chá revelação de uma gravidez que não existiu, segundo o delegado. Ela teria cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento com o namorado. A gestação foi anunciada após o término e, por conta disso, ela continuava frequentando a casa das vítimas.
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Amanda teve um relacionamento curto com o namorado, mas estavam separados desde agosto.
“Ela comunicou à família e ao ex-namorado que ela estaria grávida dele, inclusive chegou a apresentar um teste de sexagem fetal para um chá revelação”, disse o delegado Carlos Alfama.
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A advogada foi presa na quarta-feira (20) e negou o crime durante o interrogatório. O g1 não conseguiu identificar a defesa dela até a última atualização dessa reportagem.
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Polícia diz que Amanda Partata não está grávida e que fingia gestação
Fotos em redes sociais mostram o momento da festa, em que a advogada comemora a descoberta de que estaria grávida de uma menina. Porém, segundo a polícia, essa gestação nunca existiu.
“Ela não está grávida agora e já não está grávida há algum tempo, apesar dela ainda dizer que está grávida. O exame Beta HCG, que a própria defesa dela nos trouxe, mostra que deu zerado, ou seja, ela não está grávida há algum tempo, mesmo fingindo ter enjoos da gravidez”, disse o delegado.
Envenenamento
A Polícia Civil acredita que Amanda tenha colocado veneno em um suco dado às vítimas. O delegado Carlos Alfama descartou que Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele , de 86, tenham morrido devido a uma intoxicação alimentar ou outra causa natural.
"Foram comprados diversos alimentos. Até por uma questão técnica, é mais possível que o veneno tenha sido ministrado no suco, porque é mais fácil dissolver o veneno no meio líquido", afirmou o delegado.
Advogada Amanda Partata, suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele, Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves
Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Científica ainda tenta analisar qual a substância exata foi usada no envenenamento das vítimas. Mais de 300 pesticidas estão sendo analisados para tentar identificar qual pode ter sido aplicado.
"Mesmo que a perícia não encontre veneno nas substâncias apreendidas, a certeza é de uma morte por envenenamento. Não foi intoxicação alimentar, isso a perícia facilmente já detectou. Não foi infecção bacteriana. Qual a outra possibilidade? O perito apontou: a morte foi por envenenamento", explicou o delegado.
Modo de agir
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De acordo com a polícia, Amanda, que mora em Itumbiara, chegou a Goiânia no dia 14 de dezembro, uma quinta-feira, e se hospedou em um hotel. No primeiro dia, fez um exame médico. No dia seguinte, comprou algumas roupas. No sábado, não saiu do hotel e, no domingo, foi se encontrar com a família do ex-namorado.
Ela comprou biscoitos e pão de queijo, suco e bolos de pote;
Ela se reuniu com o ex-sogro, Leonardo, a mãe dele, Luíza para um lanche. O marido de Luíza estava em casa, mas não participou. O ex-namorado não estava no local;
Amanda ficou por cerca de três horas na casa, indo embora quando as vítimas começaram a relatar mal-estar;
A advogada pegou pediu uma carona por um aplicativo e voltou para sua casa, em Itumbiara;
No meio do caminho, recebeu uma mensagem de Leonardo falando que estava se sentindo muito mal após o lanche e preocupado com Amanda, a orientando a também procurar um hospital por estar grávida;
Amanda só procurou um hospital, fingindo passar mal, por volta da meia-noite.
Amanda foi presa na quarta-feira (20), em uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. O delegado Carlos Alfama explicou que Amanda estava na clínica porque teria tentado se matar. Antes disso, ela chegou a ser internada em um hospital, que não teve o nome divulgado.
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