Advogada suspeita de matar ex-sogro e mãe dele envenenados foi presa em clínica psiquiátrica e levada para a Casa do Albergado
21/12/2023
Delegado explicou que Amanda Partata estava na clínica porque teria tentado tirar a própria vida. Mulher nega autoria dos crimes. Amanda Partata é suspeita de envenenar homem e mulher em Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
A Polícia Civil divulgou que a advogada Amanda Partata, suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele, foi presa em uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), Amanda está presa na Casa do Albergado, em Goiânia.
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Segundo a polícia, a mulher negou que tenha cometido o crime e disse também que está grávida. O g1 pediu um posicionamento à defesa dela nesta quinta-feira (21), mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
O delegado Carlos Alfama explicou que Amanda estava na clínica porque teria tentado se matar. Antes disso, ela chegou a ser internada em um hospital, que não teve o nome divulgado. Entenda mais sobre o caso.
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O delegado acredita que ela tentou tirar a própria vida “talvez por medo da consequência que viria”. Amanda deu entrada na clínica por volta de 12h e foi presa no início da noite da última quarta-feira (20).
Amanda Partata é suspeita de envenenar homem e mulher em Goiás
Reprodução/Redes Sociais
Entenda o caso
Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele Luzia Tereza Alves, de 86, morreram após consumirem a bebida envenenada, em um café da manhã com a suspeita. O mandado de prisão temporária contra Amanda foi cumprido na noite de quarta-feira (20) (veja vídeo abaixo).
Ao comentar sobre a prisão, o delegado Carlos Alfama declarou que se trata de um “caso complexo e que envolve até um grau de psicopatia”.
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Amanda é advogada em Itumbiara, no sul goiano. Nas redes sociais, ela também se apresentava como psicóloga e fazia publicações com comentários sobre livros diversos.
Porém, segundo o Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO), ela não tem registro profissional ativo no banco de dados do Conselho.
Relação com as vítimas
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Ao g1, o advogado da família das vítimas explicou que Amanda teve um relacionamento íntimo com o filho de Leonardo, mas que o rapaz decidiu terminar a relação amigavelmente.
A mulher teria, então, revelado que está grávida do rapaz e, por isso, continuava frequentando o ambiente familiar, apesar de já não ser mais a companheira do filho de Leonardo.
“Quando ela falou que estava grávida e mandou um exame, ele [ o filho de Leonardo ] disse que ia assumir, a família toda acolheu. [...] O que nós não conseguimos entender é porque alguém iria querer matar o pai do próprio filho, ou o avô, realmente deve ser alguma psicopatia”, afirmou o advogado Luís Gustavo Nicoli.
Mortes
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O caso começou a ser investigado na segunda-feira (18), após a morte de Leonardo. Em um boletim de ocorrência, a esposa dele afirma que a ex-nora comprou o doce e outros alimentos para um café da manhã com a família. Leonardo, Luzia e a própria mulher comeram durante a manhã de domingo (17).
Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram e morreram ainda no domingo.
Segundo o boletim, Luzia chegou a ser internada na Unidade de Terapia Intensiva, mas o quadro clínico já estava bastante agravado.
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A ex-nora, também conforme o relato, comeu a sobremesa em menor quantidade. Ela estava indo para Itumbiara, quando também começou a sentir os sintomas e retornou à capital.
Até então, a família acreditava que o doce havia causado as mortes por estar contaminado e, por isso, exigiu a investigação. A polícia e outros órgãos de fiscalização, como o Procon Goiás, visitaram as unidades da empresa de doces para averiguar os produtos, em busca de irregularidades e evidências da contaminação.
Ainda na segunda-feira (18), o Procon Goiás publicou uma nota dizendo: “Os agentes verificaram informações contidas nas embalagens, datas de fabricação e validade, acomodação e refrigeração dos doces e, nesta ocasião, não foi constatada nenhuma irregularidade nos produtos fiscalizados. As informações e documentação foram repassadas para a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, que segue com as apurações”.
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